Sob coordenação brasileira, o Grupo de Gestão de Desastres do BRICS se reuniu nesta quarta-feira (7), em Brasília, para o primeiro dia de encontros que irão debater ações estratégicas voltadas à redução de riscos, adaptação climática e fortalecimento da cooperação internacional. Estavam presentes delegados da China, Etiópia, Indonésia, Rússia, África do Sul, Emirados Árabes Unidos e Índia.
Serão três dias de encontro, encerrando na sexta-feira (9) com a reunião ministerial. O primeiro dia foi voltado para questões técnicas, como a definição do plano de trabalho, a definição do novo nome do grupo, e o fechamento de uma declaração conjunta que será apresentada na reunião de sexta.
“Para o Ministério das Cidades, especificamente a Secretaria Nacional de Periferias, participar do BRICS e trazer a agenda das periferias, das pessoas vulneráveis, é estratégico e foi muito bem aceito. Desenvolvemos, junto com o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional, um plano de trabalho que orientasse de forma concreta as ações que o grupo vem discutindo e debatendo”, disse a coordenadora de articulação do departamento de mitigação e prevenção de riscos da Secretaria Nacional de Periferias do Ministério das Cidades, Samia Sulaiman.
O plano de trabalho foi apresentado inicialmente pelo secretário Nacional de Periferias, Guilherme Simões, em uma reunião virtual feita em 16 de abril. A proposta foi construída com base nas 10 prioridades da Declaração de Kazan, aprovada no ano passado sob a presidência da Rússia.
“Nosso intuito foi imprimir, nesse momento de presidência brasileira, a perspectiva de inclusão das populações vulneráveis, a atuação em prevenção para apoiar sistemas de alerta antecipado e para fortalecer estratégias de infraestrutura resiliente, e incluímos a sugestão da Indonésia para uma quarta prioridade: a incorporação de conhecimentos tradicionais e locais para potencializar a gestão de redução de riscos de desastres”, acrescentou a coordenadora.
O dia de reunião contou ainda com uma mesa redonda sobre a sinergia entre o grupo de trabalho de transportes e o de prevenção e monitoramento de desastres naturais. No período da tarde, os participantes fizeram uma visita técnica ao Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (CENAD).
A reunião consolida o protagonismo brasileiro na agenda climática global e reforça a importância de mecanismos multilaterais de cooperação técnica. Ao final do evento, o Brasil renovará o convite aos países do BRICS para participarem da COP30, que será realizada em novembro, em Belém do Pará.