Brasil e Colômbia compartilham soluções urbanas para fortalecer periferias e reduzir riscos de desastres

A Secretaria Nacional de Periferias, do Ministério das Cidades, embarcou em uma missão técnica à Colômbia com o objetivo de trocar experiências e fortalecer políticas urbanas voltadas à redução de riscos e à valorização dos territórios periféricos. A missão, realizada em parceria com o Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS), contemplou visitas a Bogotá e Medellín, com foco na ampliação das iniciativas de justiça social e climática por meio de soluções integradas.

Em Bogotá, o secretário Nacional de Periferias, Guilherme Simões, e a coordenadora de Articulação, Samia Sulaiman, participaram de reuniões técnicas com a Secretaria Distrital del Hábitat, onde conheceram o projeto de revitalização urbana no bairro San Cristóbal. A iniciativa abrange eixos diversos como transporte, espaços públicos, equipamentos sociais e construção de moradias — tudo com um caráter participativo que dialoga diretamente com a realidade das periferias.

Na capital colombiana, também houve encontros com o Ministério de Habitação, Cidade e Território, além da Unidade Nacional de Gestão de Risco de Desastre, que apresentou ferramentas como os mapas comunitários e os Planos Comunitários de Redução de Risco e Adaptação Climática, instrumentos que inspiram a agenda desenvolvida pela Secretaria no Brasil.

Em Medellín, a comitiva conheceu o emblemático Jardim Circunvalar, criado pela EDU (Empresa de Desenvolvimento Urbano). O projeto integra elementos fundamentais da paisagem urbana, áreas verdes, patrimônio arqueológico, espaços de lazer e elementos de educação ambiental, e serve à contenção da expansão urbana, reforçando uma abordagem que alia resiliência, sustentabilidade e valorização local.

Simões ressaltou a importância desses intercâmbios: “É preciso valorizar as experiências latino-americanas, especialmente da Colômbia, na redução da desigualdade por meio da transformação urbana e soluções sustentáveis. Isso fortalece nosso caminho e nos convoca a ampliar e dar visibilidade às inovações da Secretaria, com foco na participação social, políticas públicas integradas e soluções baseadas na natureza como instrumentos de justiça social e climática.”

Segundo Samia Sulaiman, “para além das reuniões técnicas, foi fundamental entender as estratégias locais e dialogar com representantes que atuam diretamente nas comunidades, para que tivéssemos uma visão ampla dos desafios e oportunidades que fundamentam uma governança multinível, com participação social e justiça”.